Seguro auto popular é regulamentado
Após alguns meses em consulta pública e finalização, o seguro auto popular foi regulamentado e teve sua resolução publicada no Diário Oficial no mês passado.
A partir de agora, as seguradoras estão livres para confeccionar, customizar e oferecer o produto para os consumidores.
A espera promete ser benéfica para o público, já que o produto pode custar até 30{e6485db80be992963847469c36a6e4997f02239a3e7fb7d49359ad7d14ada16b} menos que o seguro auto convencional.
A grande vantagem do novo seguro está no uso de peças usadas para reposição em carros que passem por sinistro.
Essas peças podem vir de empresas de desmontagem legalizadas e com selo de vistoria do Inmetro.
Roberto Westenberger, superintendente da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), destacou a importância dessa fiscalização:
“Tudo deve ser feito dentro de um sistema de cadastro, de acompanhamento legal, para garantir que a peça seja íntegra, de boa procedência e que sua reciclagem garanta a segurança”, disse, em entrevista ao Auto Esporte.
Além disso, o segurado pode escolher entre uma oficina de sua preferência ou uma referenciada pela seguradora para fazer os reparos.
Ainda que não seja uma regra, o seguro popular foi pensado para os carros com mais de cinco anos de vida.
Isso porque, quanto mais velho, mais complicado é para achar peças novas para conserto – que também são mais caras. Tudo isso entra na conta e encarece o valor do seguro para o consumidor.
Segundo estatísticas do setor, temos mais de 60 milhões de veículos com esse perfil circulando no Brasil sem uma proteção.
Trata-se de uma grande oportunidade para o segmento, além de um reforço para a Lei do Desmonte (Lei Federal nº 12.977/2014), que tem gerado excelentes resultados em São Paulo, único a adotar as medidas, por enquanto, no país.
A cobertura básica do auto popular deve compreender indenização por danos causados por colisão. Alguns ajustes ainda deverão ser feitos para que, finalmente, o produto possa ir para a “prateleira”.
Em entrevista ao Infomoney, o presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo), Alexandre Camillo, ressaltou que “ordenamentos e termos de contrato também estão sendo discutidos”
e que até o final do semestre será possível contratar um produto que se adeque no auto popular.
Com ajustes, ou não, o seguro auto popular deve ser vantajoso para todos.