Seguro para prestações em caso de desemprego

18 de outubro de 2016

Floripana Seguros

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seguro-floripanaO seguro para prestações em caso de desemprego está em alta entre os brasileiros, as indenizações já somam mais de 663 milhões de reais. Dados apenas do primeiro semestre de 2016.

A crise do mercado de trabalho este ano fechou mais de 650 mil vagas, levou muitos brasileiros a conhecerem de perto uma modalidade de seguro de baixo valor e que promete quitar prestações em caso de desemprego. Geralmente a proteção para esse ramo de seguro tem parcelas de baixo custo, próximas a R$ 10 e são feitas junto com o contrato de um financiamento. Trata se de um empréstimo ou parcelas de dívidas de cartão de crédito, crediário e cheque especial. No primeiro semestre, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a modalidade conhecida como seguro de prestações ou prestamista deu um salto no volume das indenizações: o percentual cresceu 23{e6485db80be992963847469c36a6e4997f02239a3e7fb7d49359ad7d14ada16b}, totalizando mais de R$ 663 milhões. O principal motivo dos resgates foi a perda involuntária do emprego.

O mercado desse seguro para prestações com pequeno porte é próspero, movimentou R$ 3,7 bilhões no primeiro semestre e tem despertado o interesse de bancos e seguradoras. A carteira que vem garantindo clientela farta pode ajudar as famílias em momento de aperto com as prestações, mas, ao mesmo tempo, é preciso atenção, porque as cláusulas de exclusão podem ser muito desfavoráveis ao consumidor. O crescimento da modalidade também expõe um ponto crítico do segmento: a informação que nem sempre atinge o beneficiário. Muitos acabam aderindo ao produto, mas não sabem ao certo como podem de fato usá-lo.

Para o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, ao vender o produto não basta que os bancos ou redes de lojas entreguem uma apólice de extensa leitura, com letras miúdas, ao consumidor. Também não vale empurrar o produto na fatura, sem antes consultar o cliente. “Os vendedores do produto devem explicar ao consumidor em quais circunstâncias ele poderá usar o seguro, quais são as carências, qual prazo ele tem para solicitar a indenização, quais documentos vai precisar. ” E ainda: “Em uma apólice de seguro, muitas vezes, mais importante do que saber o que está coberto é se informar sobre o que a modalidade não cobre”, alerta.

No ano passado, Gilmara Silva, de 21 anos, contratou um seguro prestamista no valor de R$ 7,99 e foi pega pela desinformação. Ela conta que aderiu ao produto porque achou a proposta interessante. Na loja de departamento na qual fechou o negócio foi explicado que o seguro quitaria sua fatura em caso de desemprego involuntário. Quando Gilmara pagava a sétima prestação, o inesperado aconteceu e ela foi dispensada da loja onde trabalhava como atendente. “Quando procurei o seguro para pedir a indenização, não consegui quitar nenhuma dívida. Informaram que o produto tinha uma carência de 12 meses. Fiquei decepcionada, paguei a fatura e cancelei o cartão”, contou.

 

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