Home Office aumenta em 161% visitas a sites e apps de alto risco, diz estudo
Em um efeito cadeia, a necessidade de isolamento e distanciamento social levou milhares de empresas a migrarem repentinamente para o Home Office ou Trabalho Remoto. A urgência fez com que muitas empresas fizessem a mudança sem toda a segurança garantida e sem treinamento para os funcionários, o que elevou o grau de risco de exposição das organizações.
Uma pesquisa constatou um aumento de 148% de trabalhadores remotos devido à pandemia de Covid-19. Segundo o relatório da nuvem de segurança Netskope, isso resultou em um aumento de quase o dobro de uso pessoal de dispositivos gerenciados, levando a um crescimento de 161% nas visitas a apps de alto risco e sites.
“A mudança abrupta para o trabalho remoto em 2020 provocou uma onda de choque nas organizações, pois as pessoas vivenciam uma mistura entre trabalho e vida pessoal como nunca ocorreu antes“, diz Ray Canzanese, Diretor de Pesquisa de Ameaças da Netskope. “Enquanto muitas empresas enfrentaram o desafio de adotar ferramentas de colaboração baseadas na nuvem, também descobrimos um risco ampliado, pois os funcionários utilizavam dispositivos de trabalho por motivos pessoais”, adiciona.
Com base em dados anônimos de milhões de usuários globais da plataforma Netskope Security Cloud, entre 1 de janeiro a 30 de junho de 2020, o relatório Netskope Cloud and Threat Report, de agosto de 2020, identificou que a pandemia da Covid-19 acelerou o trabalho remoto, mais do que dobrando o número de pessoas que trabalham fora do escritório.
Agora, 64% dos trabalhadores estão remotos.
O relatório aponta também que, juntamente com esse deslocamento do local de trabalho, houve um aumento de 80% no uso de apps de colaboração, pois os funcionários remotos buscam permanecer conectados com seus colegas, e o número total de apps em nuvem usados em média aumentou para mais de 7 mil nas grandes empresas.
À medida que os funcionários se acostumam ao trabalho remoto, os limites entre o uso voltado para os negócios e pessoal se confundiram, pois os funcionários têm maior probabilidade de usar seus dispositivos por motivos pessoais e se envolver em atividades de risco. O uso pessoal de dispositivos aumentou 97% e a utilização de apps de riscos e websites aumentou 161%.
O Netskope Threat Labs descobriu que há um aumento de 600% na quantidade de tráfego para websites que hospedam conteúdo adulto, e que 7% de todos os usuários carregaram dados corporativos confidenciais para instâncias pessoais de apps em nuvem – colocando esses dados em risco por uso inadequado e roubo.
“As organizações devem enfrentar esse problema de frente, priorizando a proteção contra ameaças e garantindo acesso seguro à nuvem e à web por meio de métodos como uma autenticação forte e controles de acesso, proteção de ameaças e de dados, bem como acesso de rede zero trust a apps privados em data centers e serviços de nuvem pública. A adoção de medidas como essa reduzirá a exposição de apps, ameaças ativadas na nuvem, movimentação não intencional de dados e limitará o movimento lateral da rede”, explica Canzanese.
Os cinco principais tipos de dados confidenciais mais comuns enviados para instâncias pessoais, de acordo com o estudo, são:
• Informações de saúde protegidas (PHI – Protected Health Information);
• Informações de identificação pessoal (PII – Personally Identifiable Information);
• Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR);
• Código Fonte (Source Code);
• Informações Confidenciais da Empresa.
A adoção da nuvem por criminosos cibernéticos como vetor de ataque continua a crescer, com a entrega de phishing e malware pela nuvem descoberta como as duas técnicas mais comuns. Em 2020, 63% de malwares ocorreram em aplicações em nuvem – um aumento de quatro pontos em relação ao final de 2019. Os principais apps em nuvem e serviços, dos quais a Netskope bloqueou downloads de malware foram: Microsoft Office 365 OneDrive for Business; Sharepoint; Box; Google Drive; Amazon S3.
Fonte Texto: CIO From IDG
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